segunda-feira, 26 de abril de 2010

Amo e Odeio

Sabe quando você ama e odeia coisas próximas?
Bem que dizem que o ódio é uma extensão do amor.

Eu amo brigadeiro e odeio camafeu. E camafeu ainda é mais caro! Que prepotente esse docinho!
Amo sapato alto, mas super odeio a dor que dá no meu pé. Assim, sapato alto tem hora marcada pra mim. E quando acaba o tempo dele, sapatilha nos pés. Afinal, pé lindo, é pé pelado.
Amo jeans e camiseta.
Odeio não poder usar jeans e camiseta às sextas-feiras. Casual day deveria virar lei.
Amo ganhar mimos. Nada caro. Pode ser um chaveiro, um brinquedo, um brinquinho, uma calcinha. Mimo é uma coisa baratinha.
Odeio ganhar presente caro. Significa que vou ter que retribuir.
Amo meu cartão de crédito. Odeio quando chega a fatura. (Essa foi boa, hein?!)
Amo minha mãe. Odeio quando ela se mete na minha vida, ou abre as minhas correspondências, ou quando esquece que eu tenho 32 anos e tantas outras vezes. Mas eu a amo muito.
Amo meu ipod. Amo, amo, amo. Odeio quando acaba a bateria. Por que acaba a bateria? Deveriam fazer ipod com carga eterna. Viu, Steve Jobs!
Amo pagar tudo com débito e não precisar de dinheiro vivo. Não é super?!
Odeio a aquele papelzinho que devolvem com o cartão. Sempre aviso que não quero a minha via, mas a caixa nunca bloqueia a saída dela... que ódio!
Amo cinema!
E odeio gente cabeçuda que vai ao cinema!
Amo maquiagem cara. Odeio que maquiagem boa custe tão caro. Agora tem Avon Minerals, né?! Vou provar...
Amo viver no interior, no campo. Odeio o trânsito de São Paulo. E a Avenida Paulista, na hora do almoço, então?! Fica lotada de pedestres! Parece que abriram as jaulas.
Amo um bom filme mela cueca, daqueles que você chora até dizer chega, como Sex in the City - O Filme.
Odeio minha cara inchada, quando eu choro. Fico horrorosa. Cinema, só com rímel a prova d´água. Sob pena de sair da sala e ser resgatada pelo Greenpeace, achando que eu sou um urso panda!

Enfim, amo a vida. Amo os passarinhos. Amo a minha sobrinha.
Odeio quando ela faz cocô.

Nova. Dois anos depois.

Dois anos depois eu sou outra.
Em todos os sentidos.
Amadureci muito.
Obviamente, trocaria minha maturidade por aquele casamento - antes dele ter falido.
Deixei de culpar a mim ou a ele.
Tinha que ser.
Ou, na verdade, não tinha que ser.

Aprendi que para dar certo, um relacionamento precisa de amor, cumplicidade, lealdade, carinho, companheirismo e, certamente, compatibilidade.

Relacionamento não sobrevive só de amor, ou só de sexo.

É um conjunto de coisas, todas trabalhando juntinhas, que as vezes até desandam, mas a gente ajeita e retoma o caminho a dois.

Sozinha, eu voltei a ser leve, suave e doce, como sempre fui.
Não sou a coitada da ex-mulher largada, tampouco a femme fatale que conseguiu o homem que tanto desejava.
Prefiro deste jeito.
Sou eu, sou assim.
Simples assim.
E gosto de mim!

Fase Passarinhesca!

"Todos estes que estão aí atravancando o meu caminho, eles passarão.
Eu passarinho!"

Mario Quintana

Tudo.

Nem tudo são flores

Obviamente, nem tudo são flores.

Eu tenho TPM e nessas épocas eu tenho uma expansão de consciência e reconheço totalmente o que está a minha volta.

Assim foi no dia em que desisti dele.

Ok, ele era o máximo. Gostoso, bonito, inteligente.

Mas inteligente Demais, personalidade forte Demais, auto confiante Demais.

Over.

E eu, em uma TPM absurda, desencantei.

Queria (quero!) alguém pronto, que tenha experiência, que a seja o dono e tenha as rédeas da própria vida, mas não tão pronto!

Mulheres... vai entender.

Eventualmente eu tenho recaídas.
E ele não oferece qualquer resistência a minha inconstância.

Ele me ama e eu o amo, mas de um modo diferente, menos intenso e louco.

Assim, nós seguimos nossos caminhos ora separados, ora colados, mas sempre amigos.

O cinza voltou. Não sei exatamente o que é. Talvez eu não tenha esquecido o ex. Talvez fosse só paixão e, paixão vai e volta.

Não consigo explicar o inexplicável.

Eu canto pra ele!

Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar

Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha
Da sala de estar

Venho madrugada
Perturbar teu sono
Como um cão sem dono
Me ponho a ladrar

Atravesso o travesseiro
Te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar

Sei que não sou santa
As vezes vou na cara dura
As vezes ajo com candura
pra te conquistar

Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura
Só pra te agradar

Eu não me lembrava de nenhuma música mais romântica.

Ele canta pra mim!

Ela é meu time de futebol
Ela é meu domingão de sol
Ela é meu esquema
Ela é meu conserto de rock and roll
Nação, minha torcida gritando gol
Minha ipanema

Ela é meu curso de anatomia,
Ela é meu retiro espiritual,
Ela é minha história.
Ela é meu desfile internacional,
Ela é meu bloco de carnaval,
Minha evolução

Galega, tento descrever o que é estar com você.
Princesa, todos vão saber que eu estou muito bem,
com você.

Ela é minha ilha da fantasia
A mais avançada das terapias
Meu play center.
Ela é minha pista alucinada,
A mais concorrida das baladas,
Meu inferninho.
Ela é esporte radical,
Poderosa, viciante, mas não faz mal.
Meu docinho.
Ela é o que meu médico receitou
Maravilha mandando um gol,
Minha chapação.

Princesa, todo mundo vê, que eu sou mais você.

É tudo.

Ele é tudo o que eu sempre quis.
Me adora, me pega no colo, se diverte comigo e eu com ele.
Ri de mim e faz graça o tempo todo.
Me acha linda quando acordo.
E nós dois acordamos sempre de bom humor, invariavelmente.
Sua casa é linda e aconchegante.
Muito embora ele tenha um cachorro e eu morra de medo de cachorros.
Um labrador grande, quase do meu tamanho. Considerando meu tamanho do joelho pra baixo.

O labrador virou meu amigo e quando eu chego ganho lambidas e muito carinho.

Um dia fiquei sozinha no final de semana, enquando o Querido saiu para fazer algo e acordei no sofá, com o cão deitado ao meu lado.

Muffin é um amor.
Muito embora eu não goste de animais, Muffin é quase gente. E pensa que é gente.
Pena que não entende quando eu digo: "Muffin, cada um no seu quadrado!"


O novo ele.

Ele tem 40 anos.
É um homem. Com todas as letras da palavra.
Ele tem personalidade forte, corpo tatuado e uma pegada incrível.
Aliás, a química que nos envolve é tão intensa que não é necessário um contato corporal.
Eu sinto o calor da presença dele.

Diariamente ele me agraciava com um bom dia.
E me enviava e-mails por engano.

Minhas amigas avisaram que ele não costumava sair com ninguém. Nem adiantava sonhar, elocubrar.

Mas eu não sonhei, nem elocubrei.
Gostava daquela sensação. Aquilo me era satisfatório. Divertido.
Eu acordava e me vestia para ele.
Passei a usar meu pó M.A.C., destinado a saídas aos finais de semana, diariamente.

Ele existia. Era real.
E um dia, me levou para conhecer sua casa.
Um apê lindo. De um gosto peculiar e especial. Uma delícia de lugar.

Ele me queria. Tanto quanto eu o desejava.
Naquele momento eu não me lembrei dos 15 anos que se passaram, nem das dores e os dissabores da vida a dois.

Descobri que havia vida lá fora.

Do que eu me livrei

Eu me livrei do jogo de futebol na TV todo domingo e quarta-feira a noite.
Quarta-feira a noite, só quando ele estava em casa, o que não era muito comum.
Mas o domingo era sagrado.

NUNCA MAIS EU ASSISTI A UM JOGO DE FUTEBOL.

NUNCA MAIS.

E eu disse isso mais de uma dúzia de vezes com muito orgulho.

Até que...
o Robinho voltou para o Brasil.
E, putz, eu sou doida pelo futebol do Robinho.
Daí, de repente, não mais que de repente, me descobri Santista!
Cara, eu sou muito Santista!
Eu amo o Robinho e o Neymar!
Até choro vendo eles jogarem!
Ok, eu sou manteiga derretida, mesmo.

É a lei do retorno. Uma prova que a vida dá voltas, já dizia Justin Timberlake (que horror!)

Recomeço!

Já era hora de retomar o controle sobre as coisas.
Não que eu estivesse empolgada para isso, mas era hora.
Durante um ano, eu não senti a vida passar. Eu vivi por osmose. Esperando. Uma esperança cega. Quase burra.
E como recomeçar?
Eu já não sabia mais paquerar, não sabia me vestir para ir a um lugar desacompanhada, não sabia sair desacompanhada!
Eu não sabia se eu sabia beijar.
E não estava preparada para tirar a roupa para outra pessoa.
Mas essas coisas acontecem naturalmente. Tal qual quando somos adolescentes.
Parece música. Ela é toda harmonica, vai seguindo, envolvendo.
Na primeira vez que tirei a roupa para outra pessoa ainda me lembrei do ex-marido.
Ele existia. E pior: existia no meu coração.
Eu não queria retirar as impressões dele do meu corpo, da minha alma. Estava relutante.
Foi ruim. Horrível.
E eu tentei poucas outras vezes, todas com resultado infrutíferos, que, para contá-las eu usava só uma mão.
Descobri então que era melhor ter amigas do que procurar um homem.
E, vamos combinar, amigas são tudo de bom!
A Cristina, cujo nome seria uma injustiça trocar, foi quem me resgatou. Quem segurou na minha mão, me levou ao ensaio de uma escola de samba (mesmo sem eu saber sambar) e me fez ver felicidade, onde só havia vazio.
E assim a vida seguiu.
O tempo e a experiência me tornaram exautivamente crítica.
Afinal, eu era uma mulher vivida. Não queria qualquer cara. E, se fosse para ter qualquer cara, ficar sozinha era a solução.
Sair e beijar, não era uma grande dificuldade.
Nesta época, eu melhorei um pouco. Comprei roupas novas. Cortei o cabelo. Comprei produtos de beleza. Fumei maconha. Adorei. Fiquei bêbada.
E a vida se tornou um fato consumado.
Eu me tornei mais forte.

Djavan.

Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração

Se toda hora é hora de dar decisão eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo um fato consumado
E vou embora

Não quero mais, de mais a mais, me aprofundar nessa história
Arreio os meus anseios, perco o veio e vivo de memória

Eu quero é viver em paz
Por favor me beija a boca
Que louca, que louca!

Eu quero ver você mandar na razão...

Os livros que eu deveria ter lido!

Hoje a vitrine da livravia Nobel exibia os seguintes títulos:

"Comporte-se como uma Dama, pense como um homem."
"Linda, rica e perua. Instruções sobre como usar os homens" (!!!)
"O que toda mulher inteligente deve saber."
"Por que os homens amam as mulheres poderosas?"
E, por último, e o mais agressivo:
"Abaixo a mulher capacho!", da Sonia Abrão.

Será que eu deveria ter lido esses livros?

Não... talvez tudo isso endureceria o meu coração.
E se tem uma coisa da qual me orgulho, é que nem toda a dor do fim do relacionamento, transformou meu coração em pedra!

Muito Pouco

Nesta fase, a Takai (linda!) foi substituída pela Maria Rita - menos doce e mais agressiva - com muito pouco.
Caía como uma luva:

Pronto, agora que voltou tudo ao normal
Talvez você consiga ser menos rei
E um pouco mais real
Esqueça
As horas nunca andam para trás
Todo dia é dia de aprender um pouco
Do muito que a vida trás.

Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais

Chega!

Não me condene pelo seu penar
Pesos e medidas não servem pra ninguém poder nos comparar
Porque
Eu não pertenço ao mesmo lugar
Em que você se afunda tão raso
Não dá nem pra tentar te salvar

... veja
A qualidade está inferior
E não é a quantidade que faz
A estrutura de um grande amor
Simplesmente seja
O que você julgar ser o melhor
Mas lembre-se que tudo que começa com muito
Pode acabar muito pior.

Vai lá no youtube e assista o clipe dela!

Um ano depois...

Eu descobri que ele tinha uma namorada. A tinha levado em casa, em um almoço de aniversário.
Ele já era capaz de amar outra mulher enquanto eu ainda não havia sequer me tornado uma mulher inteira novamente.
É incrível a capacidade de superação masculina.
Sinto inveja disso.
No dia da nossa separação, três meses antes, ele havia permanecido durante todo o tempo ao meu lado, de braço dado comigo, me deu um beijo na boca na hora de ir embora, disse que eu sempre seria a mulher da sua vida e que, aos domingos, quando via "Saia Justa" no GNT, se lembrava de mim.
Hoje, lembrando de tudo isso, não entendo.
Como aquele homem que eu tanto amava e ele verbalizava que me amava, poderia fazer aquilo comigo?
Não sei. Não entendo.
A única coisa que me irrita muito é aquela franja da namorada dele.
Ok, ela é bonitinha, loirinha, meio sem sal, sem graça, e aposto meu pó da M.A.C. que ela não tem o meu humor, mas ela tem franja!
rs.

Quanto tempo demora para passar?

Quanto tempo exatamente a gente leva para esquecer 15 anos da vida?
Ou, pelo menos, para olhar para esses 15 anos e não sentir dor?
Quanto tempo leva?
Não sei.

Cada dia passava um pouquinho. Às vezes eu dava um passo para atrás, ligava e chorava.
Durante meses e meses eu pedi que ele voltasse.
Ele voltou uma vez. Só para pegar a TV.
No dia da mudança, mandou o pai e a irmã, para testemunharem a minha tristeza e a minha desgraça.
Eu estava no início de um novo emprego - havia pouco mais de um mês - e não podia faltar.
Então, meu pai ajeitou tudo para a mudança e me recebeu de volta.
Meu marido não foi cuidadoso ou educado. Foi duro. Me deixou.
Já não era mais meu marido.
Prometeu ao padre, prometeu a Deus, prometeu a 200 pessoas que testemunharam o nosso casamente e, principalmente (e unicamente importante), prometeu a mim, ficar ao meu lado por toda a vida. E não cumpriu.

E eu acreditei.

Sofri e chorei.

E fiz de "Descansa Coração", na voz doce da Fernanda Takai, quase um mantra sagrado.

Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder

Hoje eu quero somente esquecer
Quero o corpo sem qualquer querer
Tenho os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão

Não sei pra onde vou
Não sei se vou, ou vou ficar
Pensei, não quero mais pensar
Cansei de esperar
Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda a nascer

Descansa coração e bate em paz.

vai lá no youtube e vê o clipe dela!

15 Anos!

Aos 14 anos conheci aquele que entitulei o homem da minha vida.
Me recordo do dia com riqueza de detalhes. Estranho, porque minha memória não é do tipo pendrive.
Naquela época, ele tinha 17 anos e em seu rosto haviam muitas sardas, que ao longo do tempo eu vi diminuírem.
Descobrimos o amor e a sexualidade juntos. Era tudo novo, transbordando romantismo e promessas de companheirismo eterno.
O namoro, com algumas idas e vindas, brigas bobas e brigas gigantescas, durou 13 anos.
A proposta de casamento saiu da boca dele, sem qualquer pressão ou provocação, mesmo com tanto tempo de relacionamento.
Com muita dedicação e trabalho preparamos uma cerimônia linda, só com pessoas queridas e importantes para nós.
Apesar da semana inteira fria e chuvosa, na sexta-feira, dia do casamento, o clima estava maravilhoso e a noite foi extremamente agradável.
Ele me ligou durante o "dia da noiva" para dizer como o céu estava lindo. Esse era o meu amor...
Transamos na noite de núpcias. Combinamos de ficar um mês sem fazer sexo, só para no dia estar com muita vontade!
Apesar que com tantos preparativos, não houve grande sacrifícios na castidade mensal.
Após as festividades, passamos uma lua de mel no Nordeste, com muita praia e risos. Me recordo especialmente que estávamos com um bom humor absurdo.
Em um passeio - horroroso, por sinal - em um barco caidaço, por 7 ilhas, igualmente pouco atrativas, choramos de rir com uma biba que estava no barco e ficou com muito medo de se afogar.
Foi uma semana perfeita. Assim como deveria ter sido nossa vida a dois.
Mas o destino me pregou uma peça.
Após um mês de casados, ainda em lua de mel, agora domiciliar, meu Amorzinho foi viajar para o Chile a trabalho e lá ficou por duas semanas. Foram longas duas semanas.
Eu, em casa, estudei. Era só que eu fazia - com prazer - na época.
No retorno, as confusões com a sogra se materializaram em uma constante disputa pelo tempo livre dele. Desgastante. Horrível.
Um ano e meio de amor, luz, companheirismo e felicidade.
Tudo que esperei que fosse para sempre durou somente até abril de 2007.
Depois disso, deu-se início a uma fase imatura na vida dele, com trabalhos até (muito!) tarde.
Em seguida aulas suspeitas de um MBA já finalizado.
Depois uma suposta sociedade em que precisavam de reuniões noturnas que, invariavelmente terminavam depois da uma da manhã. Surreal.
Eu chorava, brigava, pitizava e nada adiantava.
Tomei coragem e avisei a ele que se quisesse ter uma vida de solteiro, deveria ir embora.
Ele foi e nunca mais voltou.

Eu!

Meu nome é Taís. Ou pelo menos foi Tais durante um bom tempo.

Tenho 32 anos, sou sensível, forte e pisciana, mas grande parte das vezes me sinto um peixe fora d´água.

Sou filha do meu pai e da minha mãe. Tenho uma irmã mais velha, que tem uma filhinha linda, a Lara. Seus olhos curiosos são muito parecidos com os meus.

Minha cor preferida é azul. Cor do mar e do céu. E da borboleta que tenho no pulso.

Não vivo sem brigadeiro. Quando como, o mundo se transforma e durante alguns segundos se torna um lugar agradável e doce.

Amo minha profissão e faço tudo com prazer, o que contribui muito para que a vida seja menos dura. Não, não sou prostituta. Sinto prazer na advocacia, mesmo.

Minha vida é uma busca constante pelo amor. Mais por intuição ou vocação, do que exatamente porque quero.

Já sofri um bom bocado. Muito. E descobri que no fundo do poço tem uma cama elástica.

Hoje aproveito o dia, o momento e supervalorizo as alegrias e as pessoas. Nunca sei quando elas poderão ir embora.

Quero uma vida leve, em paz, com um caminho iluminado e a alma espiritualizada.

Busca, é a minha palavra.

Qualquer semelhança é mera coincidência.