segunda-feira, 26 de abril de 2010

15 Anos!

Aos 14 anos conheci aquele que entitulei o homem da minha vida.
Me recordo do dia com riqueza de detalhes. Estranho, porque minha memória não é do tipo pendrive.
Naquela época, ele tinha 17 anos e em seu rosto haviam muitas sardas, que ao longo do tempo eu vi diminuírem.
Descobrimos o amor e a sexualidade juntos. Era tudo novo, transbordando romantismo e promessas de companheirismo eterno.
O namoro, com algumas idas e vindas, brigas bobas e brigas gigantescas, durou 13 anos.
A proposta de casamento saiu da boca dele, sem qualquer pressão ou provocação, mesmo com tanto tempo de relacionamento.
Com muita dedicação e trabalho preparamos uma cerimônia linda, só com pessoas queridas e importantes para nós.
Apesar da semana inteira fria e chuvosa, na sexta-feira, dia do casamento, o clima estava maravilhoso e a noite foi extremamente agradável.
Ele me ligou durante o "dia da noiva" para dizer como o céu estava lindo. Esse era o meu amor...
Transamos na noite de núpcias. Combinamos de ficar um mês sem fazer sexo, só para no dia estar com muita vontade!
Apesar que com tantos preparativos, não houve grande sacrifícios na castidade mensal.
Após as festividades, passamos uma lua de mel no Nordeste, com muita praia e risos. Me recordo especialmente que estávamos com um bom humor absurdo.
Em um passeio - horroroso, por sinal - em um barco caidaço, por 7 ilhas, igualmente pouco atrativas, choramos de rir com uma biba que estava no barco e ficou com muito medo de se afogar.
Foi uma semana perfeita. Assim como deveria ter sido nossa vida a dois.
Mas o destino me pregou uma peça.
Após um mês de casados, ainda em lua de mel, agora domiciliar, meu Amorzinho foi viajar para o Chile a trabalho e lá ficou por duas semanas. Foram longas duas semanas.
Eu, em casa, estudei. Era só que eu fazia - com prazer - na época.
No retorno, as confusões com a sogra se materializaram em uma constante disputa pelo tempo livre dele. Desgastante. Horrível.
Um ano e meio de amor, luz, companheirismo e felicidade.
Tudo que esperei que fosse para sempre durou somente até abril de 2007.
Depois disso, deu-se início a uma fase imatura na vida dele, com trabalhos até (muito!) tarde.
Em seguida aulas suspeitas de um MBA já finalizado.
Depois uma suposta sociedade em que precisavam de reuniões noturnas que, invariavelmente terminavam depois da uma da manhã. Surreal.
Eu chorava, brigava, pitizava e nada adiantava.
Tomei coragem e avisei a ele que se quisesse ter uma vida de solteiro, deveria ir embora.
Ele foi e nunca mais voltou.

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