Ele tem 40 anos.
É um homem. Com todas as letras da palavra.
Ele tem personalidade forte, corpo tatuado e uma pegada incrível.
Aliás, a química que nos envolve é tão intensa que não é necessário um contato corporal.
Eu sinto o calor da presença dele.
Diariamente ele me agraciava com um bom dia.
E me enviava e-mails por engano.
Minhas amigas avisaram que ele não costumava sair com ninguém. Nem adiantava sonhar, elocubrar.
Mas eu não sonhei, nem elocubrei.
Gostava daquela sensação. Aquilo me era satisfatório. Divertido.
Eu acordava e me vestia para ele.
Passei a usar meu pó M.A.C., destinado a saídas aos finais de semana, diariamente.
Ele existia. Era real.
E um dia, me levou para conhecer sua casa.
Um apê lindo. De um gosto peculiar e especial. Uma delícia de lugar.
Ele me queria. Tanto quanto eu o desejava.
Naquele momento eu não me lembrei dos 15 anos que se passaram, nem das dores e os dissabores da vida a dois.
Descobri que havia vida lá fora.
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